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terça-feira, 26 de junho de 2012

PONDO ORDEM NA DESORDEM



Quando Ezequiel estava no meio de um vale tomado por ossos secos, ele viu um cenario da falta de governo, uma visão do que havia se tornado a nação de Israel por ignorar o Senhor. (Ler Ezequiel 37)

Muitas vezes é nesse tipo de ambiente que nos encontramos. Olhamos para nossas famílias, para nossa cidade, para o lugar onde trabalhamos e até mesmo para nossas vidas e encontramos o caos provocado pela ausência do reino de Deus. E o pior é que essas situações muitas vezes parecem ser tão irreversíveis que nem tentamos mudá-las.

O vale de ossos secos estava fora do governo, mas não fora do alcance do amor de Deus. Ele queria mudar aquela situação.

Enquanto não compreendemos o propósito da nossa presença no meio dos cenários caóticos, apenas os sofreremos. Quando, porém, descobrimos e assumimos que somos o canal pelo qual o governo e, consequentemente, a ordem de Deus pode se estabelecer, encontramos sentido para nossa luta e mudamos situações anteriormente incorrigíveis.

É para isso que vivemos neste mundo, para trazer o domínio de Deus. Fomos revestidos de autoridade para cumprir esta missão.

Transformar o caos em ordem sempre obedecerá um processo que começa por reconhecer onde está a autoridade suprema, a vontade soberana. Ao colocar Ezequiel no meio do vale de ossos secos, a primeira pergunta que Deus lhe fez foi: “Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos?” E a sua resposta foi: “Senhor Deus, tu o sabes” (conf. vs.3).

Não entenda essa resposta como uma expressão de dúvida. O que Ezequiel estava dizendo era, “Senhor, a transformação desse cenário terrível só depende de uma coisa: a tua vontade. A resposta está na tua mente e no teu coração. Se tu disseres que sim, então tudo é possível”.

O Reino de Deus de Deus não vem quando usamos o seu nome para estabelecer a nossa vontade, mas quando, tendo conhecimento da sua vontade, tomamos atitudes no seu nome. Portanto, nosso primeiro desafio sempre será alinhar o nosso coração com a intenção do Senhor.

Na sequência, Deus diz a Ezequiel: “Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouve a palavra do Senhor” (vs. 4). É hora do homem agir e seu principal instrumento é repercutir a palavra que ele recebe do céu, ou seja, dar voz à profecia.

O reino de Deus nunca se estabelece no silêncio. Enquanto uma palavra não ecoar sobre o caos, nada mudará. Foi assim em Gênesis 1. A terra havia ficado deformada pelas trevas da presença de Satanás. Quando, porém, Deus disse algo naquele cenário sinistro, tudo começou a mudar e houve luz.

Você precisa aprender a profetizar! Ou seja, verbalizar a vontade do Senhor e sustentar esta voz até que as situações mudem! Sua família só entrará na ordem de Deus se houver um profeta ali, assim como cada dimensão da sua vida. Por isso, profetiza, ó filho do homem!

Mas, se prepare para as crises que essa mudança vai gerar. Quando Ezequiel começou a falar a vontade de Deus, um movimento estranho começou a acontecer. Ossos voavam para todos os lados, cada um buscando o seu lugar . Imagine que cena assustadora. Sim, porque às vezes existe uma ordem na desordem. É que nos acostumamos com o caos, aprendemos a conviver com ele e aceitamos como parte de nossa existência.

Não basta, porém, lidar com o desgoverno, confrontá-lo com a palavra de Deus. É preciso mover o céu. Por isso, o Senhor disse a Ezequiel: “Profetiza ao Espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó Espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam” (vs. 9). Pode parecer estranho, mas a forma mais poderosa de oração é verbalizar para Deus a sua própria palavra, dizer a Ele o que Ele disse a nós, provocando assim um mover do céu que consolide a mudança que a profecia produziu no caos.

O desgoverno está aí, por toda parte. O governo está em nós. Portanto, conheçamos a vontade de Deus, submetam-nos a ela, profetizemos e oremos. Assim nós veremos juntos o vale de ossos secos se transformar num exercito de conquistadores!

terça-feira, 5 de junho de 2012

O BARCO


Após Jesus ter feito o milagre da multiplicação dos pães e peixes, pede a seus discípulos que vá adiante dEle para o outro lado da cidade, atravessando de barco o mar da Galiléia, enquanto ele se despedia da multidão (Mateus 14.22). Em seguida, os discípulos se encontram no meio do mar e são pegos por uma forte tempestade (Mateus 14.24). Já era tarde da noite quando Jesus aparece para seus discípulos andando sobre as águas do mar da Galiléia, porem ao vê-lo andando sobre as águas se encontraram com medo (Mateus 14.25-26). Jesus vendo que eles estavam com medo fala: tendes coragem! Sou Eu! Não tenhas medo (Mateus 14.27). Ao reconhecer que era Jesus, Pedro, um dos discípulos que estavam no barco, pede para ir até Ele, só que, caminhando sobre as águas (Mateus 14.28). Jesus permite que Pedro vá até Ele, mas no meio do caminho, acontece o pior... Pedro começa a afundar, ele clama por salvação: “... Senhor, me salve” (Mateus 14.30). A palavra fala que IMEDIATAMENTE Jesus estendeu a mão, segurou-lhe e disse-lhe: homem de pequena fé porque duvidastes? (Mateus 14.31).
O que eu quero trazer hoje com essa passagem do evangelho, escrita por Mateus, é: quantos de nós temos conseguido andar sobre as águas do pecado?
Aqueles homens conheciam Jesus há pouco tempo, porem pelo pouco tempo que estavam com Ele, viram coisas sobrenaturais como a cura de um leproso (Mateus 8.1-4), a cura da sogra de Pedro (Mateus 8.14-17), a cura do paralitico de Cafarnaum (Mateus 9.1-8), a cura da filha de Jairo e da mulher que sofria de hemorragia há 12 anos (Mateus 9.18-26), a cura de dois cegos (Mateus 9.27.31), a cura de um mudo endemoniado (Mateus 9.32-34), e por fim o milagre da multiplicação dos pães e peixes (Mateus 14.13-21). Até ai era tempo suficiente para acreditar no poder de Deus através de um homem que se colocou dependente do Pai. Jesus curou e fez milagres como um ser humano dependente e limitado que confiava em Deus e no poder de Deus trabalhar na vida dEle. Jesus apenas se fez instrumento nas mãos de Deus.
Pedro foi o primeiro discípulo de Jesus e um dos mais íntimos seguidos de João e Tiago. Em Mateus 16.18 Jesus profetiza que erguerá sobre Pedro a Sua igreja. Jesus confiava em Pedro assim como Ele confia em você. Mas Pedro deu muitas vaciladas. A mais conhecida é o fato dele ter negado Jesus três vezes (Mateus 26.75). A outra foi ter desacreditado em Jesus quando caminhava sobre as águas em direção a Ele.
Muitas vezes Jesus nos coloca em um lugar protegido, como num barco. Esse lugar é uma igreja, ou mesmo um ciclo de amizades que o faz capaz de andar sobre as águas do pecado. Mas muitas vezes, nós acreditamos que somos capazes de descer do barco e caminhar sozinho sobre as águas. Acreditamos que o fato de irmos a um lugar frequentado por pessoas comuns, não mudará em nada. ENGANO!!! Quantas pessoas você não conhece que decidiram descer do barco e agora se encontram afundadas no pecado, perdidas por acharem que seriam capazes de sair do barco, da proteção que Jesus tinha preparado? Até quando você vai ficar nadando? O mar da Galiléia tem 19km de comprimento por 13km de largura. Será preciso ir nadando até a outra margem, pelo simples fato de você não querer ir de barco? Deixe de ser TEIMOSO. Pare de ser ORGULHOSO! Volte para o barco, ou melhor, nem desça dele.
Conheço pessoas que tem estado em mares maiores, pessoas que tem estado em um oceano de pecado pelo simples fato de terem escolhido descer do barco. Pedro talvez quisesse apenas ser como Jesus. Jesus permitiu que Pedro descesse do barco para mostrar que ele não estava preparado. Era preciso ter FÉ! A fé não se sustenta em evidências  ou entendimento racional. É pelo ouvir e o ouvir da palavra de Deus (Romanos 10.17). Quando Pedro resolveu descer do barco, a única coisa que ele conseguiu ver foi um mar imenso a sua volta. Jesus já não era mais o seu foco principal. Quando resolvemos andar sobre as águas do pecado e começamos a vê somente o pecado, perdemos o nosso foco que é Jesus.
Pare de querer andar sobre as águas. É hora de voltar para o barco.
 Mateus 14.30-32 “Mas, ao perceber o vento, teve medo; e, começando a afundar, gritou: Senhor, me salve. Imediatamente Jesus estendeu a mão (...) Logo após, subiram no barco, e o vento cessou.”
Não importa onde está o nível da água; se pelos tornozelos, pelos joelhos, ou pelo pescoço. Não importa o tempo que você está em pecado, ou o tanto de erros você tem cometido. Não importa mais se você está indisciplinado... Se você ainda puder gritar, GRITE: Senhor me salve! Senhor me tira daqui! Senhor eu quero voltar para o barco! E IMEDIATAMETE o Senhor estenderá a Sua mão e com você, Ele retornará para o barco.
PALAVRA DE: ALAN CHARLES DO BLOG "O VeRbO" http://alancharles1984.blogspot.com.br/

terça-feira, 29 de maio de 2012

APRENDENDO COM OS ERROS DE PEDRO


Pedro era um dos doze discipulos de Jesus. Ele andou com o Senhor por três anos e se tornou um dos seus mais íntimos. Adquiriu experiências tremendas como andar sobre as águas e ver Jesus transfigurado e cheio de glória. Entretanto, houve um momento de grande crise em sua vida espiritual, quando ele praticamente desviou-se da fé, negando que seguia a Cristo e que o conhecia. E como terminou esse capítulo da sua história? “Pedro chorou amargamente”.


Quando alguém que conheceu a Deus esfria espiritualmente e se afasta do caminho, sofre consequências que podem ser irreversíveis. É por isso que a Palavra nos alerta: “Aquele que está de pé, cuide que não caia”. Sobretudo, a queda de um verdadeiro cristão quase nunca acontece de repente. Ela é resultado de um processo, uma sucessão de brechas que vão sendo dadas até o golpe final do inimigo. Vamos observar o que levou Pedro ao abismo, para não seguirmos seus passos...


1º DESATENÇÃO AOS ALERTAS DE DEUS - Lucas 22:31-32 - Jesus avisou a Pedro sobre a guerra espiritual que se aproximava, mas ele não deu importância. Esse foi seu primeiro erro... Muitas vezes o Senhor nos alerta através da palavra, de nossos líderes, de pessoas proximas de nós, que estamos entrando num caminho perigoso ou correndo riscos. E tambem quando menosprezamos o poder do inimigo ou do pecado, ficamos vulneráveis (II Coríntios 2:10b-11) (I Pedro 5:8)


2º EXCESSO DE AUTOCONFIANÇA - Lucas 22:33 - Mesmo diante dos alertas do Senhor, Pedro confiou em si mesmo. Ele se sentia melhor que os outros. Ele disse: “Ainda que todos estes te neguem, eu nunca te negarei” (Mateus 26:33). Ao invés de se humilhar e depender da graça, ele confiou na sua carne e acabou sendo traído por ela. Nunca devemos confundir fé com autoconfiança. (Provérbios 16:8) (Jeremias 17:5-7)


3º INDIFERENÇA NA ORAÇÃO - Lucas 22:39-46 - Orar é um exercício fundamental na vida do cristão. Em tempos de crise e tentação, ainda mais. Quando oramos, demonstramos nossa dependência de Deus, nos sujeitamos a Ele e quebramos o poder da nossa carne... Jesus mandou que seus discípulos orassem para não serem expostos à tentação, mas eles dormiram (cederam ao cansaço). Foram negligentes e não perceberam o perigo que se aproximava. Esse foi um dos motivos pelos quais Pedro caiu (Mateus 26:41) (Tiago 4:7)


4º TENTATIVA DE LUTAR COM ARMAS CARNAIS - Lucas 22:47-51 - Pedro, ao ver Jesus sendo preso, cortou a orelha de um soldado com uma espada. Ele achou que a violência seria uma arma adequada e Jesus o repreendeu por isso... Quando estamos numa crise, pioraremos a situação se usarmos armas carnais (violência, agressividade, mentira, ironia, vingança, etc...). A única forma de sermos vencedores é termos atitudes espirituais (a oração, a comunhão com os irmãos, a cobertura dos nossos líderes, o jejum e confissão da Palavra de Deus) (II Coríntios 10:4) (Gálatas 6:8)


5º DISTANCIAMENTO DE JESUS - Lucas 22:54 - Seguir Jesus de longe é uma grande armadilha para muitos cristãos. Eles começam euforicos, comprometidos, apaixonados... mas num determinado momento passam a dar lugar à frieza. Não oram mais, não leem a Palavra, faltam à maioria dos cultos e, quando, exortados, dizem que está tudo bem. Não sabem, porém, que caminham perigosamente para longe de Deus (Apocalipse 2:4-5)


6º EXPOSIÇÃO A RELACIONAMENTO ERRADOS - Lucas 22:55-60 - Precisamos nos relacionar com aqueles que não servem a Deus, para servi-los e dar testemunho do Evangelho. Porém, para isso precisamos estar firmes na fé. Em tempos de crise, é perigoso nos distanciar dos irmãos e se expor a ambientes e pessoas que não amam a Deus. Foi isso que Pedro fez. Num momento de intensa guerra espiritual, ele buscou a roda dos escarnecedores e foi ali que ele caiu (Salmos 1:1) (Provérbios 2:11-20)


7º ENTREGA À ACUSAÇÃO E NÃO AO ARREPENDIMENTO - Lucas 22:61-62 - Há uma grande diferença entre arrependimento e remorso. O arrependimento é fruto de uma ação de Deus, nos mostrando que erramos e nos chamando a um conserto. O remorso vem pela acusação do inimigo. Pedro, ao perceber que havia negado Jesus, submeteu-se à acusação e, ao invés de juntar-se aos irmãos, confessar seu pecado e retomar a fé, entregou-se ao choro amargo e buscou o isolamento. Isso quase o destruiu espiritualmente (II Coríntios 7:10) (Tiago 5:16)

Depois de alcançar o perdão atraves do arrependimento genuíno, Pedro se tornou um dos personagens mais importantes da nossa historia como igreja. Então se você está andando nesses passos, atente pra voltar atrás e rever aquilo que te afastou do caminho certo. Há tempo ainda! Deus espera por uma atitude corajosa sua.

terça-feira, 22 de maio de 2012

OBEDIÊNCIA AO CHAMADO


“Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também para edificares e para plantares.” (Jeremias 1:10)

Esse chamado envolve muita honra, mas vem junto muita responsabilidade além de muito choro.

Jeremias foi chamado para exercer um ministério profético e sacerdotal. Ele é um bom exemplo do que significa servir ao Senhor. Esse homem era ao mesmo tempo sacerdote (vivia chorando pelo povo) e profeta (pregava contra o pecado e confrontava muita carnalidade). Por isso sofreu tantas injustiças, resistências e perseguições. Entretanto, nunca abriu mão do seu ministério e por isso se tornou um representante da fé.

Sabemos que um líder, não nasce pronto. Deus teve trabalho na vida de Jeremias para que ele se tornasse o líder inabalável que conhecemos.

Algumas coisas são essenciais para que cheguemos à condição de ministros que não negociam o chamado e cumprem a vontade de Deus.

A primeira coisa que precisa acontecer em nós é tomarmos consciência de que fomos marcados por Deus. Não somos líderes por nossa escolha ou por escolha de homens. Antes mesmo de nascermos o Senhor já havia nos predestinado para ser sacerdotes e profetas nesta geração. Foi isso o que o Senhor disse a Jeremias: “Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações” (Jr 1:5).

Você já nasceu para ser um líder! Satanás pode ter tentado de muitas maneiras abortar esse plano, mas esta é uma verdade estabelecida no céu. Deus lhe predestinou para o ministério. Só você (através de suas escolhas) pode evitar isso.

O chamado de Deus envolve conhecimento, consagração e autoridade. Deus diz que lhe conheceu (não estava enganado a seu respeito), lhe consagrou (santificou sua vida, pôs em você um selo) e lhe constituiu (lhe respaldou com uma autoridade espiritual).

Satanás faz de tudo para questionar nossa identidade, mas é preciso definir. Você vai ficar com o que Deus diz a seu respeito ou com o que o diabo diz?

Somos chamados, mas é necessário abrirmos mão dos argumentos de nossa alma. Jeremias apresentou suas limitações para não atender a Deus, mas teve que mudar de ideia (vs. 6 e 7). O Senhor nunca aceita as nossas desculpas.

Nossa alma costuma denunciar nossa deficiência de capacidade e de identidade. A primeira reação de Jeremias diante do chamado de Deus foi “eu não sei falar” (capacidade) e “eu não sou maduro” (identidade). Porém, é preciso permitir que nossa mente e coração sejam conquistados pelo Espírito Santo. Nossos argumentos são sempre gritos de uma alma doente. Não podemos permitir que ela nos governe. Quem tem que fazer isso é o Espirito.

Deus nos manda amordaçar nossa alma. A Jeremias, Ele fez uma proibição: “Não digas: sou uma criança!”... Em outras palavras, não podemos dar eco às vozes da nossa carnalidade.

Nosso chamado tem que se basear em obediência e não em sentimentos ou casualidades. Deus não estava sugerindo nada a Jeremias. O chamado é uma ordem à qual respondemos com fidelidade ou infidelidade. Diante da palavra - “A todos os que eu te enviar, irás, e teu te mandar, falarás!” - o Senhor não o deixava com outra opção além de obedecer.

A fidelidade é a marca que confirma nossa fé. Jesus questionou: “Porque me chamais Senhor e não fazeis o que vos mando?” Aqueles que não estão dispostos a obedecer estão simplesmente brincando de religião, tem uma fé morta.

O líder segundo o coração de Deus é aquele faz o que tem que ser feito. Ao dizer a Jeremias que ele deveria simplesmente obedecer, Deus estava lhe ensinando que o líder não tem que discutir ou achar nada. Tem que fazer. Esta é a única maneira de vermos o a manifestação do poder celestial em nós e através de nós. É quando damos passos reais na direção da vontade do Senhor, que temos o seu favor e somos usados por Ele.

terça-feira, 8 de maio de 2012

RECONSTRUINDO PONTES QUEBRADAS




Durante toda a vida esquecemos atrás de nós pontes quebradas que nos impedirão de viver o melhor de Deus. É triste notar que muitos cristãos deixaram na sua história alianças e relacionamentos destruídos, alguns deles essenciais para o cumprimento pleno do proposito de Deus em suas vidas. São casamentos desfeitos pela infidelidade; são pais que feriram a alma de seus filhos com a brutalidade, seja da violência ou da indiferença; são filhos que em um momento de imaturidade cuspiram no prato que comeram e, rebelados, deixam atrás de si pais frustrados; são ovelhas que se esqueceram da aliança e se desgarraram pelas veredas da independência, abandonando o aprisco e o pastoreio que Deus lhes tinha provido para sua segurança... Enfim, não é preciso andar muito para encontrar alguém que, num momento de precipitação, rompeu um relacionamento abençoado pelo Senhor.


Jacó trilhou esse caminho. Ainda moço, egocêntrico desprezou princípios divinos, este homem manipulou sua mãe, enganou seu pai e traiu seu irmão Esaú, roubando o que lhe era de direito. O resultado de suas escolhas, foi um ódio mortal por parte de Esaú. Jacó fugiu para Padã-Harã, onde tinha parentes de segundo grau.


Foram vinte anos de separação... Naquela terra distante, Jacó casou-se, teve filhos e prosperou, adquirindo riquezas. Sua vida, porém, permanecia mutilada, ao contrario daquilo que o Senhor havia projetado. Aquela aliança desfeita precisava ser refeita, aquela ponte quebrada teria que ser reconstruída.


Não seria facil. Voltar atrás quase sempre implica em muitos desafios. Para Jacó, significava não só a quebra do seu próprio orgulho ele estava expondo sua nova família a riscos da rejeição e até mesmo da morte, tal era o ódio que suas velhas atitudes provavelmente deixaram no coração de seu irmão.


A viagem de retorno a Canaã foi extremamente difícil em face às perspectivas sombrias que, com certeza, povoaram a mente de Jacó. Mas ele a fez até o fim. O desfecho, com Esaú perdoando-o e o recebendo com choro e abraço, não era provável. Aliás, a coisa terminou assim porque houve um verdadeiro milagre de Deus. Sem uma intervenção sobrenatural, algumas pontes nunca são reconstruídas...


O milagre, porém, é quase sempre a resposta de Deus às atitudes do homem. Jacó nos ensina a refazer alianças, mesmo aquelas que parecem destruídas, impossíveis de se restaurar.


De cara esse homem, diante de uma palavra de Deus, decidiu fazer a coisa certa. Depois de fugir vinte anos, o Senhor lhe falou ao coração para voltar. Jacó poderia ter feito “ouvidos de mercador”. Considerando a condição razoável de vida que havia conquistado e os riscos que correria se tentasse um reencontro, ele poderia decidir não obedecer e seguir alheio a esse relacionamento. Mas não foi isso que ele fez. Contra todos os temores, resolveu voltar e não fez disso apenas uma tentativa, mas uma decisão. Poderia ter mandado alguém para sondar o terreno, poderia ter ido só, para não arriscar a pele de suas mulheres e filhos, mas preferiu juntar tudo o que tinha conquistado e investir nessa aventura da reconciliação.


Há muitos milagres esperando uma decisão. Há casamentos que só serão restaurados se alguém tiver coragem de enfrentar o passado. Há corações de filhos que só serão sarados quando pais decidirem “descer do pedestal” e assumir seus próprios erros. O mesmo vale para líderes e pastores que afastaram discípulos preciosos. Há também ovelhas que ficarão andando de um lado para o outro até que se arrependam e voltem para o lugar de onde nunca deveriam ter saído... Assim como Lázaro, morto por quatro dias, há amizades, relacionamentos e alianças que nunca ressuscitarão, a não ser que alguém decida remover a pedra e encare a situação.


É claro que a decisão de voltar e buscar uma reconciliação sempre exigirá daquele que errou um coração quebrantado, uma postura de humilhação. Muitos querem recuperar seus postos e relacionamentos sem mudar de atitude, sem abrir mão do orgulho, na ilusão de zerar o passado sem enfrentá-lo. Isso não funciona! Jacó entendeu assim e voltou se curvando. Enviou mensageiros a Esaú chamando ele de “meu senhor” e assumindo a condição de “seu servo”. Bem diferente do homem egoista e usurpador que um dia havia deixado aquela terra... Sua mudança se torna ainda mais aparente quando ele finalmente avista Esaú. Diz a Bíblia que “ele mesmo, adiantando-se, prostrou-se à terra sete vezes, até aproximar-se de seu irmão” (Gn 33:3)... Quem quer reconstruir pontes, precisa aprender a se curvar.


Há ainda algo indispensavel para quem se aventura a levantar de novo a ponte de um relacionamento quebrado: o desejo de restituir. Muitas vezes, apenas pedir perdão não é suficiente. É preciso devolver, ainda que em parte, aquilo que foi usurpado, tentar reparar o estrago causado. É por isso que Jacó, aquele que um dia só pensou em tirar e espoliar, agora volta e se distribui muitos presentes (Gn 32:13-21). E para você que pensa tratar-se apenas de esperteza com o fim de acabar com a ira de Esaú, surpreenda-se com a insistência, mesmo depois de ter conquistado o perdão, para que seu irmão aceitasse suas dádivas (Gn 33:8-11). Sim, porque aquele gesto não representava apenas um pedido de clemência, mas um desejo de abençoar, de devolver, de reparar os danos do passado.


Não sei se quando você olha para trás enxerga pontes caídas. Se há e você tem consciência de que um dia elas foram levantadas por Deus, vale à pena voltar e tentar reconstruir.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A ALEGRIA DE SER USADO POR DEUS



“Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!” (Lucas 10:17)


Depois de cumprirem sua missão, os setenta discípulos de Jesus voltaram “possuídos de alegria”. Essa é uma expressão bastante forte. Numa outra tradução diz “cheios de alegria”, o que também revela a intensidade do prazer que havia em seus corações após terem vencido o desafio que o Senhor lhes propusera.

Às vezes ficamos paralisados pelo medo ou pela timidez e não ousamos obedecer a Deus naquilo que Ele está nos enviando a fazer. Isso acontece porque consideramos os riscos em detrimento dos frutos. Pensamos negativamente, nos entregamos aos argumentos de nossa alma como falta de capacidade, falta de tempo e coisas do gênero e sequer tentamos fazer o que deve ser feito.

Num momento como o que estamos vivendo, quando o Espírito está nos dando a direção de lançarmo-nos ao evangelismo e sairmos a campo, batendo à porta dos corações em busca dos “filhos da paz”, precisamos encharcar a nossa mente com a motivação correta e permitir que os argumentos que realmente têm valor determinem nossa atitude.

Temos muitos motivos para dizer “sim” ao chamado de Deus. O primeiro deles é honrarmos ao Senhor obedecendo. Jesus, certa vez, confrontou algumas pessoas, indagando: “Porque me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lc 6:46). Faz todo sentido, você não acha? Se Ele nos deu uma ordem, nos o desonramos em não obedecer. Isso já deveria ser suficiente para nos mover. Nossa fé não pode ser apenas de palavras, mas de atitude (leia a parábola que está em Mt 21:28-31). Quem vive o segredo da obediência tem primazia no reino de Deus.

Não pense, porém, que o ministério é uma carga pesada que temos que suportar em nome da fidelidade. Embora tenhamos desafios e lutas ao empreendermos as conquistas do reino, a verdade é que ser usados por Deus produz uma intensa alegria em nossas vidas.

Aqueles setenta discípulos que Jesus enviou eram novos convertidos, não tinham até então nenhuma experiência no contexto de pregar o evangelho. A tarefa não foi simples. Eles encontrariam muito trabalho (conf. Lc 10:2), pessoas difíceis (conf. Lc 10:3), portas fechadas (conf. Lc 10:10-11) e resistências demoníacas (conf. Lc 10:17b). No entanto, eles não colocaram os olhos nisso, mas ousaram obedecer. E qual foi o resultado? “Voltaram os setenta possuídos de alegria” (Lc 10:17a). Depois de terem enfrentado todas as adversidades e vencido seus próprios receios, eles estavam cheios de prazer, pois a sensação de ser um instrumento nas mãos de Deus é maravilhosa! E perceba que a experiência de voltar assim, cheios de gozo, não foi apenas de alguns, mas de todos os que obedeceram ao Senhor.

Quando você serve pelo prazer de servir, sua vida tem um poder sobrenatural. A alegria do Senhor é a nossa força (conf. Ne 8:10b). O próprio Jesus “suportou a cruz em troca de uma alegria que lhe estava proposta” (conf. Hb 12:2).

Mas porque a obediência gera tanto prazer? Em primeiro lugar porque a colheita traz em si um sentimento de realização (leia Sl 126:6 e III Jo 1:4). Pessoas que têm um coração em Deus se entusiasmam com os frutos. Veja o caso de Barnabé. Ele foi enviado pelos apóstolos de Jerusalém para Antioquia. Lá, num campo virgem, num tempo em que os crentes estavam sofrendo dura perseguição, ele viu muitas pessoas se convertendo. E qual foi sua reação? “Vendo a graça de Deus, alegrou-se” (conf. At 11:22-23). Homens e mulheres apaixonados por Deus têm prazer em ver a colheita! Apenas os que estão com o coração frio e cheio de egoísmo, como o profeta Jonas (leia Jn 3:10; 4:1), não participam desse gozo celestial que até os anjos sentem quando pecadores recebem a salvação (veja Lc 15:10).

Esse prazer tem motivo. Além de nos sentirmos úteis na mãos de Deus e vermos que o nosso esforço teve recompensa, quando anunciamos o evangelho infligimos uma derrota ao reino das trevas. Os setenta voltaram para Jesus, entusiasmados, dizendo: “Senhor, em teu nome até os demônios se nos submetem” (Lc 10:17b). E a resposta de Jesus foi mais impressionante ainda: “Eu via a Satanás cair do céu como relâmpago” (Lc 10:18). Ou seja, quando pregamos o evangelho, quando conquistamos casas para Deus, não só os demônios que ali atuavam são vencidos, mas o próprio Satanás é derrubado! Isso não é uma vingança maravilhosa? Nós, que um dia fomos fustigados pelo reino das trevas e que vemos o diabo produzindo tanta miséria em nossa geração, podermos estabelecer um vitória contra ele e conquistar o território que estava em suas mãos!

A salvação tem um valor imensurável. Jesus disse àqueles discípulos fiéis: “Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus” (Lc 10:20). Em outras palavras, ter o nosso nome inscrito no livro da vida é um argumento maior que todos. Agora, imagine sermos instrumentos para escrever o nome de outras pessoas lá no rol da salvação!!! Foi por isso que Jesus não se conteve ao encerrar aquele momento. Diz a Bíblia: “Naquela mesma hora, se alegrou Jesus no Espírito Santo e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve” (Lc 10:21).

Pr. Danilo Figueira (Comunidade Cristã de Ribeirão Preto)

terça-feira, 24 de abril de 2012

O CERTO OU O DUVIDOSO?


Há muitos casos de pessoas que perderam/perdem a bênção de Deus por não vigiar. Esaú, filho de Isaque foi um exemplo disso. Ele era o primogênito de seu pai e, como tal, tinha direito a uma bênção especial e receber porção dobrada da herança diferente do seu irmão Jacó. Entretanto, perdeu esse direito e sofreu muitos prejuízos, porque num momento de provação, tomou a decisão errada.

Para entender melhor o que pode nos levar a perder a bênção, trocando o certo pelo duvidoso, seria bom se você lesse o texto de Gênesis 25:29-34.

O primeiro grande alerta deve se acender em nós quando o cansaço nos domina. A Bíblia diz que Esaú veio “esmorecido do campo” e isso certamente o deixou vulnerável.

O cansaço, o stress tira o nosso equilíbrio. Quando estamos esgotados (excesso de trabalho, de preocupações, decepções acumuladas), devemos evitar tomar decisões sem ouvir a Deus e aos nossos líderes. Sob pressão, estamos mais propícios a errar.

Muitas vezes, a estratégia do inferno é nos esgotar, levando-nos a gastar nossa energia em coisas infrutíferas ou apenas com os negócios deste mundo. Assim, quando menos esperamos, somos surpreendidos pelas tentações e não temos forças para reagir.

Sempre haverá alguém nos fazendo uma sugestão que tirará de nós o que temos de valor na real. Satanás sempre tenta nos atrair pros seus atalhos. Se não guardamos nosso coração nos princípios da Palavra de Deus, acabaremos errando o caminho.

Um cristão maduro é alguém que aprendeu a agir por princípios e não por necessidades ou desejos. Precisamos construir as bases da nossa vida sobre a solidez dos valores de Deus, revelados em sua Palavra. Mais do que isso, precisamos ouvir nossos líderes espirituais, pessoas mais maduras que nós, que podem nos ajudar a discernir melhor as propostas que a vida nos apresenta. É sempre bom ouvir alguém que tenha firmeza em Deus e não esteja envolvido emocionalmente na situação, antes de tomarmos decisões sérias em nossa vida.

Depois de ouvir as propostas do enganador Jacó, Esaú se expôs ainda mais ao aumentar tanto seus problemas. No versículo 32, ele diz: “estou a ponto de morrer”. É admissível que ele estivesse com fome e também com vontade de comer. A necessidade e o desejo se juntaram contra sua espiritualidade, mas ele exagerou no valor que deu ao que estava sentindo e acabou convencendo sua própria alma de que não podia esperar.

Cuidado quando o sofisma “eu não aguento mais” quiser tomar o seu coração. Muitos ministérios são abandonados e princípios são quebrados na vida de muita gente boa por causa dessa mentira.

Esaú, entregando-se aos gritos de sua alma, disse: “De que me serve a primogenitura” (vs. 32b). Por essa frase ele revelou não dar valor à bênção de Deus. O que ele queria era ter sua vontade própria suprida naquele momento, sem pensar que no futuro o respaldo do Senhor lhe faria falta... Devemos lembrar que aquilo que semeamos hoje, colheremos amanhã!

Nunca desista daquilo Deus plantou em seu coração. Mesmo que você se sinta no limite, persevere em fazer a coisa certa. A Bíblia afirma que não nos sobrevém tentação acima das nossas forças e que, junto com as provas, Deus nos dá o escape (I Co 10:13). Portanto, não pare de lutar! Lembre-se que Jesus foi andando sobre as águas para socorrer discípulos que remavam contra a tempestade, ainda que cansados. Tenha certeza: antes que realmente se esgotem suas forças, o Senhor virá!  

Esaú tinha um guisado diante de si (um elemento natural) e a bênção da primogenitura (uma riqueza espiritual). Ao escolher o natural e desprezar o espiritual, ele por tabela desprezou ao Senhor e acabou colhendo frutos terríveis dessa decisão.

A grande lição é que não vale à pena trocar o certo pelo duvidoso. Ainda que estejamos espremidos pelas necessidades ou a ponto de explodir pelos nossos desejos, é melhor permanecer firme nos valores que garantem a bênção de Deus.

Nossas decisões têm repercussões para o resto de nossas vidas e atingem também outras pessoas. Portanto, é melhor tomá-las de acordo com o plano de Deus. Afinal, uma paixão, um prazer, o dinheiro ou qualquer coisa desse mundo pode nos suprir por algum tempo, mas somente a sua bênção pode garantir que seremos realmente felizes.