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terça-feira, 29 de maio de 2012

APRENDENDO COM OS ERROS DE PEDRO


Pedro era um dos doze discipulos de Jesus. Ele andou com o Senhor por três anos e se tornou um dos seus mais íntimos. Adquiriu experiências tremendas como andar sobre as águas e ver Jesus transfigurado e cheio de glória. Entretanto, houve um momento de grande crise em sua vida espiritual, quando ele praticamente desviou-se da fé, negando que seguia a Cristo e que o conhecia. E como terminou esse capítulo da sua história? “Pedro chorou amargamente”.


Quando alguém que conheceu a Deus esfria espiritualmente e se afasta do caminho, sofre consequências que podem ser irreversíveis. É por isso que a Palavra nos alerta: “Aquele que está de pé, cuide que não caia”. Sobretudo, a queda de um verdadeiro cristão quase nunca acontece de repente. Ela é resultado de um processo, uma sucessão de brechas que vão sendo dadas até o golpe final do inimigo. Vamos observar o que levou Pedro ao abismo, para não seguirmos seus passos...


1º DESATENÇÃO AOS ALERTAS DE DEUS - Lucas 22:31-32 - Jesus avisou a Pedro sobre a guerra espiritual que se aproximava, mas ele não deu importância. Esse foi seu primeiro erro... Muitas vezes o Senhor nos alerta através da palavra, de nossos líderes, de pessoas proximas de nós, que estamos entrando num caminho perigoso ou correndo riscos. E tambem quando menosprezamos o poder do inimigo ou do pecado, ficamos vulneráveis (II Coríntios 2:10b-11) (I Pedro 5:8)


2º EXCESSO DE AUTOCONFIANÇA - Lucas 22:33 - Mesmo diante dos alertas do Senhor, Pedro confiou em si mesmo. Ele se sentia melhor que os outros. Ele disse: “Ainda que todos estes te neguem, eu nunca te negarei” (Mateus 26:33). Ao invés de se humilhar e depender da graça, ele confiou na sua carne e acabou sendo traído por ela. Nunca devemos confundir fé com autoconfiança. (Provérbios 16:8) (Jeremias 17:5-7)


3º INDIFERENÇA NA ORAÇÃO - Lucas 22:39-46 - Orar é um exercício fundamental na vida do cristão. Em tempos de crise e tentação, ainda mais. Quando oramos, demonstramos nossa dependência de Deus, nos sujeitamos a Ele e quebramos o poder da nossa carne... Jesus mandou que seus discípulos orassem para não serem expostos à tentação, mas eles dormiram (cederam ao cansaço). Foram negligentes e não perceberam o perigo que se aproximava. Esse foi um dos motivos pelos quais Pedro caiu (Mateus 26:41) (Tiago 4:7)


4º TENTATIVA DE LUTAR COM ARMAS CARNAIS - Lucas 22:47-51 - Pedro, ao ver Jesus sendo preso, cortou a orelha de um soldado com uma espada. Ele achou que a violência seria uma arma adequada e Jesus o repreendeu por isso... Quando estamos numa crise, pioraremos a situação se usarmos armas carnais (violência, agressividade, mentira, ironia, vingança, etc...). A única forma de sermos vencedores é termos atitudes espirituais (a oração, a comunhão com os irmãos, a cobertura dos nossos líderes, o jejum e confissão da Palavra de Deus) (II Coríntios 10:4) (Gálatas 6:8)


5º DISTANCIAMENTO DE JESUS - Lucas 22:54 - Seguir Jesus de longe é uma grande armadilha para muitos cristãos. Eles começam euforicos, comprometidos, apaixonados... mas num determinado momento passam a dar lugar à frieza. Não oram mais, não leem a Palavra, faltam à maioria dos cultos e, quando, exortados, dizem que está tudo bem. Não sabem, porém, que caminham perigosamente para longe de Deus (Apocalipse 2:4-5)


6º EXPOSIÇÃO A RELACIONAMENTO ERRADOS - Lucas 22:55-60 - Precisamos nos relacionar com aqueles que não servem a Deus, para servi-los e dar testemunho do Evangelho. Porém, para isso precisamos estar firmes na fé. Em tempos de crise, é perigoso nos distanciar dos irmãos e se expor a ambientes e pessoas que não amam a Deus. Foi isso que Pedro fez. Num momento de intensa guerra espiritual, ele buscou a roda dos escarnecedores e foi ali que ele caiu (Salmos 1:1) (Provérbios 2:11-20)


7º ENTREGA À ACUSAÇÃO E NÃO AO ARREPENDIMENTO - Lucas 22:61-62 - Há uma grande diferença entre arrependimento e remorso. O arrependimento é fruto de uma ação de Deus, nos mostrando que erramos e nos chamando a um conserto. O remorso vem pela acusação do inimigo. Pedro, ao perceber que havia negado Jesus, submeteu-se à acusação e, ao invés de juntar-se aos irmãos, confessar seu pecado e retomar a fé, entregou-se ao choro amargo e buscou o isolamento. Isso quase o destruiu espiritualmente (II Coríntios 7:10) (Tiago 5:16)

Depois de alcançar o perdão atraves do arrependimento genuíno, Pedro se tornou um dos personagens mais importantes da nossa historia como igreja. Então se você está andando nesses passos, atente pra voltar atrás e rever aquilo que te afastou do caminho certo. Há tempo ainda! Deus espera por uma atitude corajosa sua.

terça-feira, 22 de maio de 2012

OBEDIÊNCIA AO CHAMADO


“Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também para edificares e para plantares.” (Jeremias 1:10)

Esse chamado envolve muita honra, mas vem junto muita responsabilidade além de muito choro.

Jeremias foi chamado para exercer um ministério profético e sacerdotal. Ele é um bom exemplo do que significa servir ao Senhor. Esse homem era ao mesmo tempo sacerdote (vivia chorando pelo povo) e profeta (pregava contra o pecado e confrontava muita carnalidade). Por isso sofreu tantas injustiças, resistências e perseguições. Entretanto, nunca abriu mão do seu ministério e por isso se tornou um representante da fé.

Sabemos que um líder, não nasce pronto. Deus teve trabalho na vida de Jeremias para que ele se tornasse o líder inabalável que conhecemos.

Algumas coisas são essenciais para que cheguemos à condição de ministros que não negociam o chamado e cumprem a vontade de Deus.

A primeira coisa que precisa acontecer em nós é tomarmos consciência de que fomos marcados por Deus. Não somos líderes por nossa escolha ou por escolha de homens. Antes mesmo de nascermos o Senhor já havia nos predestinado para ser sacerdotes e profetas nesta geração. Foi isso o que o Senhor disse a Jeremias: “Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações” (Jr 1:5).

Você já nasceu para ser um líder! Satanás pode ter tentado de muitas maneiras abortar esse plano, mas esta é uma verdade estabelecida no céu. Deus lhe predestinou para o ministério. Só você (através de suas escolhas) pode evitar isso.

O chamado de Deus envolve conhecimento, consagração e autoridade. Deus diz que lhe conheceu (não estava enganado a seu respeito), lhe consagrou (santificou sua vida, pôs em você um selo) e lhe constituiu (lhe respaldou com uma autoridade espiritual).

Satanás faz de tudo para questionar nossa identidade, mas é preciso definir. Você vai ficar com o que Deus diz a seu respeito ou com o que o diabo diz?

Somos chamados, mas é necessário abrirmos mão dos argumentos de nossa alma. Jeremias apresentou suas limitações para não atender a Deus, mas teve que mudar de ideia (vs. 6 e 7). O Senhor nunca aceita as nossas desculpas.

Nossa alma costuma denunciar nossa deficiência de capacidade e de identidade. A primeira reação de Jeremias diante do chamado de Deus foi “eu não sei falar” (capacidade) e “eu não sou maduro” (identidade). Porém, é preciso permitir que nossa mente e coração sejam conquistados pelo Espírito Santo. Nossos argumentos são sempre gritos de uma alma doente. Não podemos permitir que ela nos governe. Quem tem que fazer isso é o Espirito.

Deus nos manda amordaçar nossa alma. A Jeremias, Ele fez uma proibição: “Não digas: sou uma criança!”... Em outras palavras, não podemos dar eco às vozes da nossa carnalidade.

Nosso chamado tem que se basear em obediência e não em sentimentos ou casualidades. Deus não estava sugerindo nada a Jeremias. O chamado é uma ordem à qual respondemos com fidelidade ou infidelidade. Diante da palavra - “A todos os que eu te enviar, irás, e teu te mandar, falarás!” - o Senhor não o deixava com outra opção além de obedecer.

A fidelidade é a marca que confirma nossa fé. Jesus questionou: “Porque me chamais Senhor e não fazeis o que vos mando?” Aqueles que não estão dispostos a obedecer estão simplesmente brincando de religião, tem uma fé morta.

O líder segundo o coração de Deus é aquele faz o que tem que ser feito. Ao dizer a Jeremias que ele deveria simplesmente obedecer, Deus estava lhe ensinando que o líder não tem que discutir ou achar nada. Tem que fazer. Esta é a única maneira de vermos o a manifestação do poder celestial em nós e através de nós. É quando damos passos reais na direção da vontade do Senhor, que temos o seu favor e somos usados por Ele.

terça-feira, 8 de maio de 2012

RECONSTRUINDO PONTES QUEBRADAS




Durante toda a vida esquecemos atrás de nós pontes quebradas que nos impedirão de viver o melhor de Deus. É triste notar que muitos cristãos deixaram na sua história alianças e relacionamentos destruídos, alguns deles essenciais para o cumprimento pleno do proposito de Deus em suas vidas. São casamentos desfeitos pela infidelidade; são pais que feriram a alma de seus filhos com a brutalidade, seja da violência ou da indiferença; são filhos que em um momento de imaturidade cuspiram no prato que comeram e, rebelados, deixam atrás de si pais frustrados; são ovelhas que se esqueceram da aliança e se desgarraram pelas veredas da independência, abandonando o aprisco e o pastoreio que Deus lhes tinha provido para sua segurança... Enfim, não é preciso andar muito para encontrar alguém que, num momento de precipitação, rompeu um relacionamento abençoado pelo Senhor.


Jacó trilhou esse caminho. Ainda moço, egocêntrico desprezou princípios divinos, este homem manipulou sua mãe, enganou seu pai e traiu seu irmão Esaú, roubando o que lhe era de direito. O resultado de suas escolhas, foi um ódio mortal por parte de Esaú. Jacó fugiu para Padã-Harã, onde tinha parentes de segundo grau.


Foram vinte anos de separação... Naquela terra distante, Jacó casou-se, teve filhos e prosperou, adquirindo riquezas. Sua vida, porém, permanecia mutilada, ao contrario daquilo que o Senhor havia projetado. Aquela aliança desfeita precisava ser refeita, aquela ponte quebrada teria que ser reconstruída.


Não seria facil. Voltar atrás quase sempre implica em muitos desafios. Para Jacó, significava não só a quebra do seu próprio orgulho ele estava expondo sua nova família a riscos da rejeição e até mesmo da morte, tal era o ódio que suas velhas atitudes provavelmente deixaram no coração de seu irmão.


A viagem de retorno a Canaã foi extremamente difícil em face às perspectivas sombrias que, com certeza, povoaram a mente de Jacó. Mas ele a fez até o fim. O desfecho, com Esaú perdoando-o e o recebendo com choro e abraço, não era provável. Aliás, a coisa terminou assim porque houve um verdadeiro milagre de Deus. Sem uma intervenção sobrenatural, algumas pontes nunca são reconstruídas...


O milagre, porém, é quase sempre a resposta de Deus às atitudes do homem. Jacó nos ensina a refazer alianças, mesmo aquelas que parecem destruídas, impossíveis de se restaurar.


De cara esse homem, diante de uma palavra de Deus, decidiu fazer a coisa certa. Depois de fugir vinte anos, o Senhor lhe falou ao coração para voltar. Jacó poderia ter feito “ouvidos de mercador”. Considerando a condição razoável de vida que havia conquistado e os riscos que correria se tentasse um reencontro, ele poderia decidir não obedecer e seguir alheio a esse relacionamento. Mas não foi isso que ele fez. Contra todos os temores, resolveu voltar e não fez disso apenas uma tentativa, mas uma decisão. Poderia ter mandado alguém para sondar o terreno, poderia ter ido só, para não arriscar a pele de suas mulheres e filhos, mas preferiu juntar tudo o que tinha conquistado e investir nessa aventura da reconciliação.


Há muitos milagres esperando uma decisão. Há casamentos que só serão restaurados se alguém tiver coragem de enfrentar o passado. Há corações de filhos que só serão sarados quando pais decidirem “descer do pedestal” e assumir seus próprios erros. O mesmo vale para líderes e pastores que afastaram discípulos preciosos. Há também ovelhas que ficarão andando de um lado para o outro até que se arrependam e voltem para o lugar de onde nunca deveriam ter saído... Assim como Lázaro, morto por quatro dias, há amizades, relacionamentos e alianças que nunca ressuscitarão, a não ser que alguém decida remover a pedra e encare a situação.


É claro que a decisão de voltar e buscar uma reconciliação sempre exigirá daquele que errou um coração quebrantado, uma postura de humilhação. Muitos querem recuperar seus postos e relacionamentos sem mudar de atitude, sem abrir mão do orgulho, na ilusão de zerar o passado sem enfrentá-lo. Isso não funciona! Jacó entendeu assim e voltou se curvando. Enviou mensageiros a Esaú chamando ele de “meu senhor” e assumindo a condição de “seu servo”. Bem diferente do homem egoista e usurpador que um dia havia deixado aquela terra... Sua mudança se torna ainda mais aparente quando ele finalmente avista Esaú. Diz a Bíblia que “ele mesmo, adiantando-se, prostrou-se à terra sete vezes, até aproximar-se de seu irmão” (Gn 33:3)... Quem quer reconstruir pontes, precisa aprender a se curvar.


Há ainda algo indispensavel para quem se aventura a levantar de novo a ponte de um relacionamento quebrado: o desejo de restituir. Muitas vezes, apenas pedir perdão não é suficiente. É preciso devolver, ainda que em parte, aquilo que foi usurpado, tentar reparar o estrago causado. É por isso que Jacó, aquele que um dia só pensou em tirar e espoliar, agora volta e se distribui muitos presentes (Gn 32:13-21). E para você que pensa tratar-se apenas de esperteza com o fim de acabar com a ira de Esaú, surpreenda-se com a insistência, mesmo depois de ter conquistado o perdão, para que seu irmão aceitasse suas dádivas (Gn 33:8-11). Sim, porque aquele gesto não representava apenas um pedido de clemência, mas um desejo de abençoar, de devolver, de reparar os danos do passado.


Não sei se quando você olha para trás enxerga pontes caídas. Se há e você tem consciência de que um dia elas foram levantadas por Deus, vale à pena voltar e tentar reconstruir.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A ALEGRIA DE SER USADO POR DEUS



“Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!” (Lucas 10:17)


Depois de cumprirem sua missão, os setenta discípulos de Jesus voltaram “possuídos de alegria”. Essa é uma expressão bastante forte. Numa outra tradução diz “cheios de alegria”, o que também revela a intensidade do prazer que havia em seus corações após terem vencido o desafio que o Senhor lhes propusera.

Às vezes ficamos paralisados pelo medo ou pela timidez e não ousamos obedecer a Deus naquilo que Ele está nos enviando a fazer. Isso acontece porque consideramos os riscos em detrimento dos frutos. Pensamos negativamente, nos entregamos aos argumentos de nossa alma como falta de capacidade, falta de tempo e coisas do gênero e sequer tentamos fazer o que deve ser feito.

Num momento como o que estamos vivendo, quando o Espírito está nos dando a direção de lançarmo-nos ao evangelismo e sairmos a campo, batendo à porta dos corações em busca dos “filhos da paz”, precisamos encharcar a nossa mente com a motivação correta e permitir que os argumentos que realmente têm valor determinem nossa atitude.

Temos muitos motivos para dizer “sim” ao chamado de Deus. O primeiro deles é honrarmos ao Senhor obedecendo. Jesus, certa vez, confrontou algumas pessoas, indagando: “Porque me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lc 6:46). Faz todo sentido, você não acha? Se Ele nos deu uma ordem, nos o desonramos em não obedecer. Isso já deveria ser suficiente para nos mover. Nossa fé não pode ser apenas de palavras, mas de atitude (leia a parábola que está em Mt 21:28-31). Quem vive o segredo da obediência tem primazia no reino de Deus.

Não pense, porém, que o ministério é uma carga pesada que temos que suportar em nome da fidelidade. Embora tenhamos desafios e lutas ao empreendermos as conquistas do reino, a verdade é que ser usados por Deus produz uma intensa alegria em nossas vidas.

Aqueles setenta discípulos que Jesus enviou eram novos convertidos, não tinham até então nenhuma experiência no contexto de pregar o evangelho. A tarefa não foi simples. Eles encontrariam muito trabalho (conf. Lc 10:2), pessoas difíceis (conf. Lc 10:3), portas fechadas (conf. Lc 10:10-11) e resistências demoníacas (conf. Lc 10:17b). No entanto, eles não colocaram os olhos nisso, mas ousaram obedecer. E qual foi o resultado? “Voltaram os setenta possuídos de alegria” (Lc 10:17a). Depois de terem enfrentado todas as adversidades e vencido seus próprios receios, eles estavam cheios de prazer, pois a sensação de ser um instrumento nas mãos de Deus é maravilhosa! E perceba que a experiência de voltar assim, cheios de gozo, não foi apenas de alguns, mas de todos os que obedeceram ao Senhor.

Quando você serve pelo prazer de servir, sua vida tem um poder sobrenatural. A alegria do Senhor é a nossa força (conf. Ne 8:10b). O próprio Jesus “suportou a cruz em troca de uma alegria que lhe estava proposta” (conf. Hb 12:2).

Mas porque a obediência gera tanto prazer? Em primeiro lugar porque a colheita traz em si um sentimento de realização (leia Sl 126:6 e III Jo 1:4). Pessoas que têm um coração em Deus se entusiasmam com os frutos. Veja o caso de Barnabé. Ele foi enviado pelos apóstolos de Jerusalém para Antioquia. Lá, num campo virgem, num tempo em que os crentes estavam sofrendo dura perseguição, ele viu muitas pessoas se convertendo. E qual foi sua reação? “Vendo a graça de Deus, alegrou-se” (conf. At 11:22-23). Homens e mulheres apaixonados por Deus têm prazer em ver a colheita! Apenas os que estão com o coração frio e cheio de egoísmo, como o profeta Jonas (leia Jn 3:10; 4:1), não participam desse gozo celestial que até os anjos sentem quando pecadores recebem a salvação (veja Lc 15:10).

Esse prazer tem motivo. Além de nos sentirmos úteis na mãos de Deus e vermos que o nosso esforço teve recompensa, quando anunciamos o evangelho infligimos uma derrota ao reino das trevas. Os setenta voltaram para Jesus, entusiasmados, dizendo: “Senhor, em teu nome até os demônios se nos submetem” (Lc 10:17b). E a resposta de Jesus foi mais impressionante ainda: “Eu via a Satanás cair do céu como relâmpago” (Lc 10:18). Ou seja, quando pregamos o evangelho, quando conquistamos casas para Deus, não só os demônios que ali atuavam são vencidos, mas o próprio Satanás é derrubado! Isso não é uma vingança maravilhosa? Nós, que um dia fomos fustigados pelo reino das trevas e que vemos o diabo produzindo tanta miséria em nossa geração, podermos estabelecer um vitória contra ele e conquistar o território que estava em suas mãos!

A salvação tem um valor imensurável. Jesus disse àqueles discípulos fiéis: “Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus” (Lc 10:20). Em outras palavras, ter o nosso nome inscrito no livro da vida é um argumento maior que todos. Agora, imagine sermos instrumentos para escrever o nome de outras pessoas lá no rol da salvação!!! Foi por isso que Jesus não se conteve ao encerrar aquele momento. Diz a Bíblia: “Naquela mesma hora, se alegrou Jesus no Espírito Santo e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve” (Lc 10:21).

Pr. Danilo Figueira (Comunidade Cristã de Ribeirão Preto)