O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, se propício a mim, pecador! Lucas 18:13
Me sentir decepcionado comigo mesmo pode ser o indicativo do quão perto estou de Deus ou, pelo menos, do caminho que me leva a Sua presença. Pode parecer estranho para alguns, mas a santidade em nossas vidas só é possível através de um constante arrependimento e isso só é possível quando sentimos vergonha de nós mesmos.
Habitualmente, imaginamos que os homens santos são aqueles que vivem em paz, descansados em sua impecabilidade. No entanto, a ausência de conflitos internos costuma ser mais sinal de uma estagnação ou mesmo de um recuo em nosso relacionamento com o Senhor do que da ausência de erros a corrigir.
Quando mais nos aproximarmos de Deus, mais intensamente sua luz nos constrangerá. Quando não encontramos carnalidade em nossa vida, provavelmente isso seja mais resultado da falta de luz do que da ausência de erros. Eles estarão lá. Só não fomos iluminados suficientemente para percebê-los.
Tudo é uma questão de referência. Quando nos observamos a partir do que fomos um dia, talvez nos sintamos santos e espirituais. A não ser que tenhamos saído dos trilhos ou Deus não tenha operado em nossas vidas, é isso mesmo que deve acontecer. Chegamos à presença do Senhor cheios de pecados grosseiros, que logo foram denunciados pela luz e tratados. Portanto, em relação ao que fomos, pode ser que tenhamos avançado muito e já apresentemos muitas marcas da ação do Espírito Santo em nossas vidas. O problema está em permitirmos que essas obras de justiça que já temos, façam sombra em nosso coração, nos impedindo de ver o que ainda não vimos.
Outra perspectiva equivocada é nos compararmos com os outros. Haverá sempre alguém com a carnalidade em evidência para nos fazer sentir as pessoas mais santas do mundo.
Jesus contou em Lucas 13:9-14 uma parábola muito objetiva sobre o assunto. Sua intenção, segundo o texto bíblico, era confrontar “alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros” (vs. 9). Os personagens são um fariseu e um publicano. Ambos subiram ao templo para orar, ou seja, queriam desenvolver um relacionamento com Deus.
As semelhanças param por ai. Acho interessante a expressão usada para o fariseu, que “orava de si para si mesmo” (vs. 11). Ela me sugere algumas ideias. Em primeiro lugar, seu ego era enorme. Ele parecia sentir-se o centro do Universo. Tudo o que tinha a expressar diante de Deus eram suas aparentes qualidades e supostos direitos. Ao abrir a boca ele falava de si.
Mais interessante é a denúncia de que ele orava (falava) de si para si mesmo. Sua comunicação não atingia o coração de Deus, não chegava ao céu por estar carregada de orgulho. Ele dizia: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano” (vs.11). Perceba que ele se comparava aos que apresentavam pecados grosseiros e aparentes em suas vidas e sentia-se muito santo.
Seu engano se fortalecia no fato dele apresentar suas ações como prova de santidade. Ele gabava-se, dizendo: “jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho” (vs. 12). Ou seja, suas obras de justiça faziam sombra em seu coração para que ele não enxergasse pecados mais sutis, mas tão destrutivos quanto os que ele denunciava nos outros.
O publicano, por sua vez, “não ousava nem ainda levantar seus olhos ao céu, mas batia no peito dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador” (vs. 13).
Qual grande diferença entre esses dois homens? A esperança pela qual eles se mediam. Um, erroneamente, se comparava aos homens; o outro, acertadamente, expunha-se a Deus. Isso o levava a assumir a condição de pecador e a humilhar-se diante dEle, clamando por misericórdia (único argumento que realmente pode nos manter em pé diante do Senhor).
Jesus termina seu ensino dizendo que o publicano “desceu justificado para casa” e o fariseu não (conf. vc. 14). A grande questão entre eles dois era o sentimento que tinham a respeito de si mesmos. Um vivia orgulhoso de seus atos. O outro decepcionado consigo mesmo, clamava por perdão e mudanças.
Creio que aqui está a grande chave para nossas vidas. Há muitas coisas em nós que, diante de Deus, serão denunciadas como pecados. São sentimentos, motivações, pensamentos, reações, hábitos, insensibilidade e até mesmo atitudes grosseiras que estão fora da vontade de Deus, ainda que ninguém ou pouca gente as perceba. Basta se expor na luz e as perceberemos. E aí, decepcionados e envergonhados, quem sabe encontraremos o caminho para descer justificados à nossa casa...
Me sentir decepcionado comigo mesmo pode ser o indicativo do quão perto estou de Deus ou, pelo menos, do caminho que me leva a Sua presença. Pode parecer estranho para alguns, mas a santidade em nossas vidas só é possível através de um constante arrependimento e isso só é possível quando sentimos vergonha de nós mesmos.
Habitualmente, imaginamos que os homens santos são aqueles que vivem em paz, descansados em sua impecabilidade. No entanto, a ausência de conflitos internos costuma ser mais sinal de uma estagnação ou mesmo de um recuo em nosso relacionamento com o Senhor do que da ausência de erros a corrigir.
Quando mais nos aproximarmos de Deus, mais intensamente sua luz nos constrangerá. Quando não encontramos carnalidade em nossa vida, provavelmente isso seja mais resultado da falta de luz do que da ausência de erros. Eles estarão lá. Só não fomos iluminados suficientemente para percebê-los.
Tudo é uma questão de referência. Quando nos observamos a partir do que fomos um dia, talvez nos sintamos santos e espirituais. A não ser que tenhamos saído dos trilhos ou Deus não tenha operado em nossas vidas, é isso mesmo que deve acontecer. Chegamos à presença do Senhor cheios de pecados grosseiros, que logo foram denunciados pela luz e tratados. Portanto, em relação ao que fomos, pode ser que tenhamos avançado muito e já apresentemos muitas marcas da ação do Espírito Santo em nossas vidas. O problema está em permitirmos que essas obras de justiça que já temos, façam sombra em nosso coração, nos impedindo de ver o que ainda não vimos.
Outra perspectiva equivocada é nos compararmos com os outros. Haverá sempre alguém com a carnalidade em evidência para nos fazer sentir as pessoas mais santas do mundo.
Jesus contou em Lucas 13:9-14 uma parábola muito objetiva sobre o assunto. Sua intenção, segundo o texto bíblico, era confrontar “alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros” (vs. 9). Os personagens são um fariseu e um publicano. Ambos subiram ao templo para orar, ou seja, queriam desenvolver um relacionamento com Deus.
As semelhanças param por ai. Acho interessante a expressão usada para o fariseu, que “orava de si para si mesmo” (vs. 11). Ela me sugere algumas ideias. Em primeiro lugar, seu ego era enorme. Ele parecia sentir-se o centro do Universo. Tudo o que tinha a expressar diante de Deus eram suas aparentes qualidades e supostos direitos. Ao abrir a boca ele falava de si.
Mais interessante é a denúncia de que ele orava (falava) de si para si mesmo. Sua comunicação não atingia o coração de Deus, não chegava ao céu por estar carregada de orgulho. Ele dizia: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano” (vs.11). Perceba que ele se comparava aos que apresentavam pecados grosseiros e aparentes em suas vidas e sentia-se muito santo.
Seu engano se fortalecia no fato dele apresentar suas ações como prova de santidade. Ele gabava-se, dizendo: “jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho” (vs. 12). Ou seja, suas obras de justiça faziam sombra em seu coração para que ele não enxergasse pecados mais sutis, mas tão destrutivos quanto os que ele denunciava nos outros.
O publicano, por sua vez, “não ousava nem ainda levantar seus olhos ao céu, mas batia no peito dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador” (vs. 13).
Qual grande diferença entre esses dois homens? A esperança pela qual eles se mediam. Um, erroneamente, se comparava aos homens; o outro, acertadamente, expunha-se a Deus. Isso o levava a assumir a condição de pecador e a humilhar-se diante dEle, clamando por misericórdia (único argumento que realmente pode nos manter em pé diante do Senhor).
Jesus termina seu ensino dizendo que o publicano “desceu justificado para casa” e o fariseu não (conf. vc. 14). A grande questão entre eles dois era o sentimento que tinham a respeito de si mesmos. Um vivia orgulhoso de seus atos. O outro decepcionado consigo mesmo, clamava por perdão e mudanças.
Creio que aqui está a grande chave para nossas vidas. Há muitas coisas em nós que, diante de Deus, serão denunciadas como pecados. São sentimentos, motivações, pensamentos, reações, hábitos, insensibilidade e até mesmo atitudes grosseiras que estão fora da vontade de Deus, ainda que ninguém ou pouca gente as perceba. Basta se expor na luz e as perceberemos. E aí, decepcionados e envergonhados, quem sabe encontraremos o caminho para descer justificados à nossa casa...
2 comentários:
é desse jeito que Jesus quer!
Assim seja
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