A existência do pecado tornou necessário o plano de salvação de Deus em Cristo.
É muito importante que entendamos a dinâmica do pecado, ou seja, o processo pelo qual ele se estabelece na vida de alguém.
Tiago diz em sua epístola que somos tentados por nossa propria concupiscência, ou seja, nossos desejos interiores. Nosso maior inimigo não está longe de nós (satanás e o mundo), mas perto (nossa carne) que é uma força que opera em nós e milita contra a natureza de Deus, recebida através do Espirito Santo.
Essa carnalidade com a qual teremos que lutar até nossa completa redenção, seja pela morte ou pela volta de Jesus, opera em três frentes, segundo o apostolo joão:
"a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida" (1 jo 2:16).
Em outras palavras, os desejos gerados pelos nossos apetites humanos, os desejos despertados por aquilo que vemos e o orgulho, que quando nao dominados, nos levam à queda.
Paulo por sua vez quando escreveu
Romanos 7, não estava tendo um dia ruim, ele não estava sofrendo de um
terrível senso de imperfeição ou passando por uma crise de baixo autoestima. A
avaliação realista que o apostolo Paulo fez de sua própria vida espiritual, vai
na direção oposta as expectativas elevadas e santas que Deus tem para cada um
de nós, aquilo que o livro de romanos chama de lei (Rm 7.7). Assim quanto mais
Paulo se conscientizava daquilo que Deus desejava dele, mais
convencido ele ficava de sua incapacidade e impotência para viver em
conformidade com a vontade de Deus
"Pois o que faço, nao o entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço."(Rom 7.15)
Paulo estava disposto a olhar
o nível mais profundo do seu ser e examinar o que estava oculto em
seu interior. O que ele viu em si mesmo não era agradável, porem
verdadeiro: ele era escravo do pecado. Na realidade ele percebeu que nada de
bom havia em sua carne (Rm 7.18) - um fato que o fez afirmar a
sua própria miséria (Rm 7.24).
É como se houvesse dois ímãs dentro de nós, um nos puxando para a comunhão com Deus e outro nos conduzindo a pecar. São duas naturezas que militam uma contra a outra. A vitoria é determinada pela força que cada um tem (elas podem crescer ou diminuir) e pelos ambientes e situações a que nos expomos. Melhor explicando, se cultivarmos nossa vida espiritual e evitarmos cenarios de pecado, temos uma chance maior de manter a santidade. Se, por outro lado; alimentarmos nossa carnalidade e nos expomos ao pecado, certamente cairemos.
A única resposta para a condição
miserável de Paulo - e por extensão para a nossa também - é Jesus Cristo (Rm
7.25). Somente Jesus torna possível ao homem cumprir integralmente as exigências
de um Deus santo (Rm 8.3-4). Desta forma a honestidade de Paulo o conduziu a
esperança.
A atitude de Paulo nos serve como exemplo. Através
da confissão, nós podemos encontrar o perdão de Deus, se negarmos a nossa
verdadeira condição, estaremos nos enganando e nos sentenciando a viver sob a
escravidão do pecado (1 Jo 1.8-10). Admitindo
nossa fraqueza, nós podemos achar Sua força.
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